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Em Lisboa, durante vários anos foi tradição reunir-se ao final da tarde, ao pôr do sol, em tertúlias onde poetas populares, compositores e fadistas intérpretes se encontravam depois do trabalho. Entre debates sobre as regras da poesia tradicional popular, nasciam canções e os chamados “novos fados tradicionais”. Estes encontros eram verdadeiros laboratórios do crescimento da Canção de Lisboa.
As Sessões de Fado na Mouraria ao Pôr do Sol oferecem uma experiência única a quem deseja compreender a essência do fado e do seu processo de criação, em toda a sua autenticidade. Ao mesmo tempo, é possível saborear alguns dos mais tradicionais e deliciosos petiscos da gastronomia portuguesa.
Como cenário, em vez de projeções multimédia, temos o Largo da Severa e a casa da Maria da Mouraria — um cantinho lisboeta onde ainda se respira a essência do fado e dos bairros históricos da cidade.
Inclui espetáculo e menu de degustação:
Pão
Azeitonas
Paté de atum
Queijo
Favas em molho verde
Salada de grão com pimentos e cebola roxa
Creme de legumes
Bacalhau lascado à Capelão
Vitela estufada
Sobremesas variadas
Vinho da casa, sangria, cerveja, sumos e águas
Horário: das 18h30 às 20h30
Preço por pessoa: 50 €
E eis que surge aquela que teria sido a Casa da Severa, uma Mulher que tocava a guitarra e evocava um canto dorido e melancólico, como se estivesse a cantar ao destino, à saudade, à desgraça, aos amores e desamores, e por isso dizia que a Maria Severa “cantava ao fado”.
Esta casa que foi reconstruída e adaptada pelo arquitecto José Adrião e que se encontra sob gestão do Museu do Fado, é agora um restaurante de degustação de petiscos portugueses, constituindo a única Casa de Fados do Bairro da Mouraria.
O Fadista Hélder Moutinho e os seus sócios, Bela e Carlos Silva, fazem as honras da casa e todas as noites de Quarta a Domingo é possível ouvir o som da Guitarra Portuguesa, da Viola de Fado e das Vozes que por ali vão passando. Para além das tertúlias, exibição de filmes e fadistices.
Entre os fadistas, sejam eles intérpretes, músicos, poetas e ouvintes, há um ditado muito antigo: O fado é aquele que não se cria, nem se vê; não se procura, nem se idealiza; Apenas acontece… O Mistério do Fado…
